Luís Fernandes faz um balanço positivo da actividade, destacando que “África tem o direito de explorar os recursos petrolíferos para o desenvolvimento dos respectivos países, apesar do contexto da transição energética, tendo em atenção que África é o continente que menos polui com uma taxa de cerca 4%, comparando com 96% das Nações mais desenvolvidas, responsáveis pelas grandes alterações climáticas que acontece pelo mundo”, ressaltou.
Durante o evento, que decorreu de 4 a 8 novembro, foi reforçada a necessidade da criação de condições para atrair mais investimentos para a exploração e produção dos recursos petrolíferos com a implementação de incentivos, quer do ponto de vista fiscal, quer da estabilidade e flexibilidade contractual.
Do mesmo modo, os países Africanos reafirmaram a necessidade de juntos trabalharem para a constituição de um banco Africano para o financiamento de projectos energéticos.
“Angola, que se fez representar por uma delegação liderada por Sua Excia. Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, subscreveu a posição que foi tomada durante a Conferência pelos demais países Africanos, tendo realçado a sua a estratégia para a exploração dos recursos minerais e petróleo, criando um conjunto de medidas para atrair mais investidores”, disse.
De acordo com o Diretor-geral do IRDP, o que se pretende é que cada barril de petróleo produzido seja feito de forma mais limpa, usando inovações tecnológicas, que permitem a descarbonização das operações e a consequente redução dos gases de efeito estufa, responsáveis pelas alterações climáticas.
O gestor realçou também ter aproveitado a oportunidade para interagir com vários participantes ao evento, apresentando as políticas criadas no sector dos derivados do petróleo, de igual modo como as oportunidades identificadas para investimentos, em alinhamento com a estratégia do governo para alcance da autossuficiência de produtos petrolíferos.
Através da construção de 3 refinarias, aumento da capacidade de armazenagem com a construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), bem como da expansão da rede de Postos de Abastecimento de combustíveis para a melhoria da distribuição por todo território nacional.
Sobre a conferência
A Conferência Africa Energy Week, que acontece anualmente na Cidade do Cabo, África do Sul, constitui uma importante plataforma de negócios e “networking”, que reúne a liderança Africana do sector de energia, investidores mundiais, assim como executivos dos sectores públicos e privados para um diálogo sobre o futuro da indústria energética Africana com vista a encontrar as soluções para a eliminação da pobreza energética em Africa.
Feira de Negócios incentiva maior inclusão das mulheres do Sector Mineiro, Petróleo e Gás
O Instituto Regulador dos Derivados do Petróleo (IRDP) participou na 1ª edição da feira de negócios, talentos e ideias da Rede Muhatu-MIREMPET, com foco a promoção de oportunidades de carreira e desenvolvimento de liderança de forma inclusiva das mulheres ligadas ao Sector Mineiro, Petróleo e Gás.
No local, estavam mais de 100 expositores com diversos serviços, com destaque para o IRDP com a exposição de alguns produtos. De igual modo participaram empresas que têm se destacado pela busca de soluções para os seus negócios e criação de valor
Para a representante da Muhatu-MIREMPET, Deise Vilarinho, o evento serviu para incentivar ao empreendedorismo, bem como numa verdadeira força motriz para o Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Nesta primeira edição da feira da Muhatu, com o lema “Com foco inabalável, encontre o seu propósito. Não espere por oportunidades, crie-as!”, decorreu no dia 9 do mês em curso e foi ainda marcado por workshops sobre bolsa de valores, economia verde e partilha de experiências em matérias de gestão. Entre os participantes estiveram também empresas e pessoas ligadas aos sectores da saúde, ambiente, turismo, restauração, recreação, estética, artesanato, música e outros.